“Se ele me ama, porque me traiu?“, “E se for ela? Uma mulher também trai?“. Estas perguntas correm nos pensamentos de muitos portugueses nos cafés, nos casamentos, nos silêncios dos quartos à noite. A infidelidade, mesmo sendo velha como o bacalhau com natas, continua a ser um dos maiores mistérios e tabus dos relacionamentos.
Sabias que mais de 1 em cada 4 pessoas em Portugal admite já ter traído? E que a maioria dos casais diz que nunca falou sobre fidelidade com seriedade antes de um problema acontecer? Pois é. A traição é mais comum do que se pensa, e menos falada do que devia.
Portugal está entre os países europeus com maior índice de infidelidade masculina. Mas… as mulheres estão a encurtar a distância.
O que vais descobrir ao ler este artigo:
- Quem trai mais em números reais, com dados recentes e fontes confiáveis;
- Por que é que os homens traem (não é só por sexo);
- Por que é que as mulheres também traem (spoiler: nem sempre por vingança);
- Como a cultura portuguesa molda a infidelidade;
- O que estas traições dizem sobre os relacionamentos de hoje;
- E, claro, se há como evitar que isso aconteça contigo ou no teu casamento.
Se já foste traído(a), se traíste, ou se tens medo que isso aconteça… este artigo é para ti. Vamos juntos desvendar o que há por trás desta pergunta tão incómoda: afinal, quem trai mais: os homens ou as mulheres?
1. Por que é que esta pergunta é tão importante?
Já ouviste dizer que “homem é homem, mulher é mulher“? Pois bem… e quem é que anda a trair mais em Portugal, afinal?
Cerca de 35% dos homens portugueses admitem já ter traído. E as mulheres? Cerca de 25% também dizem que sim. Mas atenção: isso não quer dizer que só os números importam.
A pergunta “quem trai mais?” parece coisa de conversa de café ou de grupo do WhatsApp, mas é muito mais do que isso. Esta dúvida mexe com o casamento, com a confiança, com a maneira como cada um vê o amor, e até com a forma como a nossa sociedade encara a fidelidade.
Saber quem trai mais não é só por curiosidade, é também uma forma de entender o que está a correr mal (ou bem) nas relações.
Muitos casais em Portugal nunca falam sobre fidelidade até que algo corre mal. Falar antes pode evitar muita dor de cabeça.
Então, porque é que esta pergunta é tão importante? Vamos por partes:
- Porque ajuda a entender o que está a acontecer nos casamentos
Se os números estão a mudar e as mulheres estão a trair mais do que antes, isso diz muito sobre como os relacionamentos estão a mudar. Antigamente, a mulher ficava calada e aguentava. Hoje, com mais liberdade e independência, também se permite errar (ou viver, depende da perspetiva). - Porque toca em feridas antigas… e ainda abertas
A traição mexe com o ego, com o orgulho e com o coração. Saber quem trai mais é, muitas vezes, uma forma de perguntar: “Estou seguro no meu casamento?” Ou até “Tenho motivos para desconfiar?“. - Porque revela desigualdades escondidas
A sociedade portuguesa sempre foi mais dura com as mulheres que traem. Já os homens, muitas vezes, até recebem palmadinha nas costas. Mas será justo?
Sabias que em algumas aldeias do interior, ainda hoje se culpa mais a mulher traída do que o homem que traiu?
No fundo, esta pergunta não é só sobre números. É sobre o que valorizamos no amor. E isso… vai muito além da cama.
2. Porque é que os homens traem?
“Ele tinha tudo em casa e mesmo assim foi procurar fora. Porquê?“. Se esta frase soa familiar, não estás sozinho. Em muitos casamentos portugueses, quando um homem trai, a pergunta que fica no ar é sempre a mesma: “Mas o que é que ele queria mais?“
A verdade é que os motivos pelos quais os homens traem são tão variados quanto os petiscos num tasco em Lisboa. E, apesar do que muita gente pensa, nem sempre tem a ver com falta de amor ou com o facto de ser homem e pronto. Vamos desconstruir isso.
Cerca de 60% dos homens que traíram disseram ainda amar as suas parceiras. Então, porquê a traição?
- Procura de novidade e emoção
A rotina pode ser um veneno. Muitos homens dizem que se sentem presos à monotonia, mesma casa, mesma conversa, mesmo tudo. A traição, para alguns, parece uma aventura, uma forma de se sentirem vivos outra vez: “Não era por ela ser melhor, era só por ser diferente.” – frase típica de quem não sabe o que quer, mas sabe o que perde. - Ego ferido e insegurança disfarçada
Parece estranho, mas muitos homens traem não por se sentirem fortes, mas por se sentirem fracos. Falta de reconhecimento, crises de idade, problemas no trabalho… tudo isto pode levar à famosa frase: “Precisava de me sentir homem outra vez.“ - Influência cultural e social
Durante décadas (e ainda hoje), a cultura portuguesa alimentou a ideia de que homem que é homem tem muitas mulheres. Desde as cantigas populares até à figura do machão da aldeia, há um certo romantismo em volta da infidelidade masculina. O problema? Isso legitima traições que só fazem mal. - Falta de comunicação no casal
Quando há silêncio em casa, há barulho cá dentro. Homens que não conseguem falar sobre os seus desejos, medos ou frustrações acabam por procurar fora o que não conseguem pedir dentro.
Sabias que há homens que traem logo depois de serem pais? Muitos dizem sentir-se esquecidos e menos desejados.
E quanto às mulheres? Será que traem pelos mesmos motivos? A resposta pode surpreender-te. Fica por aí, que já vamos falar disso a seguir!
3. Por que é que as mulheres traem?
“Ela parecia feliz… e mesmo assim traiu.“. Para muitos homens portugueses, esta é uma das maiores surpresas. Durante anos, a imagem da mulher fiel, dedicada e paciente foi alimentada por novelas, pela Igreja e pela avó que dizia: “A mulher aguenta.“
Mas os tempos mudaram. E com eles, a liberdade feminina também chegou ao campo da infidelidade.
Em Portugal, as mulheres entre os 30 e os 50 anos são as que mais admitem já ter traído, e muitas dizem que não foi por falta de amor, mas por falta de atenção.
- Carência emocional
Muitas mulheres não procuram outro corpo, procuram outro olhar, outra escuta, outro colo. Quando se sentem ignoradas, invisíveis ou emocionalmente sozinhas, podem acabar por cair na tentação de alguém que simplesmente repara nelas: “Ele nem me tocava. Já nem me perguntava como foi o meu dia.” – frase comum entre mulheres que acabam por trair. - Desejo de se sentirem vivas outra vez
O tempo passa, o casamento acomoda-se, os filhos tomam conta de tudo. Muitas mulheres chegam a um ponto em que sentem que perderam a sua essência. A traição, nesses casos, não é só física, é uma tentativa de renascer. - Vingança emocional
Sim, a vingança existe e não é exclusiva dos homens. Algumas mulheres traem depois de descobrirem uma traição, ou porque se sentiram usadas, traídas emocionalmente ou completamente esquecidas. - Influência das novas liberdades
Hoje, as mulheres têm independência financeira, redes sociais, acesso a apps de encontros… e menos paciência para relações que não as fazem felizes. Se antes não tinham escolha, hoje têm. E isso mudou o jogo.
E atenção: nem todas traem porque o marido é “mau“. Às vezes, traem mesmo estando com um homem bom porque algo dentro delas está por resolver.
Sabias que muitas mulheres que traem dizem que foi a primeira vez que se sentiram desejadas em anos?
Agora que já sabes o que leva homens e mulheres a trair, está na hora de ver o que dizem os números em Portugal. Será que os dados confirmam o que acabámos de ver? Vamos descobrir na próxima secção!
4. O que dizem os números sobre traição em Portugal?
“Achas que és só tu? Pois não és.“. Um estudo da Universidade do Minho com cerca de 500 pessoas revelou que 39 % dos homens confessaram já terem traído, contra 20 % das mulheres (cmjornal.pt). Ou seja, quase 4 em cada 10 homens assumem ter batido a porta lá de fora.
Um em cada quatro casados portugueses já foi infiel, e 50 % já sentiram a dor de serem traídos (cmjornal.pt).
Vamos lá destrinçar isto:
- Homens traem quase o dobro das mulheres
Naquele estudo da UMinho, enquanto 39% dos homens admitiram infidelidade, só 20% das mulheres fizeram o mesmo (cmjornal.pt). Ou seja, os homens traem quase o dobro, de acordo com os dados oficiais. - A sociedade portuguesa condena, mas mesmo assim trai-se muito
Apesar de 95% dos participantes dizerem que desaprovam traição, o número de quem já o fez é alto: cerca de 26% confessaram um caso extraconjugal pelo menos uma vez (reddit.com, super.abril.com.br). Moral elevado não evita escapadinhas. - Portugal está no top da Europa
Um outro estudo internacional, que analisou 30 países e mais de 1,9 milhões de dados, mostra que 35% dos portugueses admitem já terem traído (super.abril.com.br, executivedigest.sapo.pt). Portugal fica ao lado de países como EUA, Suécia e Brasil nesse ranking. - Cidades mais traidoras em Portugal
Dados do Ashley Madison, site famoso para encontros extraconjugais, mostram que Braga (12,6%), Évora (13,9%) e Sintra (10,9%) são as cidades onde há mais utilizadores inscritos, em proporção de habitantes (activa.pt). Lisboa, por comparação, fica com apenas 0,6%. Até o chip do GPS parece evitar traidores lisboetas…
Já viste os números? Então prepara-te para a secção que vem a seguir, onde vamos analisar os motivos mais comuns por trás dessas traições — e se eles mudam consoante o género. Fica por aí!
5. Afinal, quem trai mais em Portugal?
Depois de tudo o que vimos, números, histórias, motivos e até cidades mais atrevidas, chegou a hora da verdade. E sim, vamos pôr os pontos nos is.
Spoiler direto: Em Portugal, os homens ainda traem mais do que as mulheres. Não é mito, é estatística.
Nos casais jovens (até 35 anos), a diferença entre quem trai mais é muito menor — às vezes quase igual.
De acordo com os dados da Universidade do Minho e outros estudos internacionais, os homens portugueses lideram a tabela da infidelidade. Ou seja, para cada mulher que trai, há quase dois homens que fazem o mesmo.
- A diferença está a encolher
As mulheres portuguesas de hoje já não vivem sob os mesmos medos de há 20 ou 30 anos. Têm liberdade, independência e menos paciência para casamentos infelizes. Isso faz com que as estatísticas estejam a mudar lentamente, mas a mudar. - O género ainda pesa… mas os motivos são parecidos
Homens e mulheres traem por razões diferentes, mas o fundo da questão é o mesmo: carência, rotina, falta de comunicação, insegurança. A traição, seja de quem for, raramente é sobre o outro, mas sobre o que falta cá dentro. - Traição não é sinal de maldade… mas é um sinal de alerta
Ninguém acorda e decide destruir um casamento só porque sim. Quando há traição, normalmente houve muita coisa a falhar antes, e ignorar esses sinais pode sair caro.
Veredicto final: Os homens ainda traem mais em Portugal. Mas o jogo está a mudar. E talvez a pergunta mais importante agora seja outra: “O que é que o teu relacionamento precisa para que ninguém precise trair?“
Perguntas frequentes
- Quem trai mais em Portugal?
Homens. Cerca de 39% dos homens portugueses admitem já ter traído, contra 20–25% das mulheres. - As mulheres estão a trair mais do que antes?
Sim. A traição feminina tem aumentado, especialmente entre mulheres entre os 30 e 50 anos, com mais independência e menos medo do julgamento social. - Os homens traem só por sexo?
Nem sempre. Muitos traem por ego, insegurança, rotina ou falta de afeto. Sexo é só parte da história. - E as mulheres, traem por amor?
Muitas vezes sim. Buscam atenção, carinho, validação, mas também há casos de pura atração física, claro. - Quem sente mais culpa depois de trair?
As mulheres, em geral. Relatam mais peso na consciência, talvez por causa da pressão social e moral que ainda carregam. - Quem trai mais nas cidades portuguesas?
Segundo o Ashley Madison, Braga, Évora e Sintra estão no topo em percentagem de utilizadores da plataforma de traição. - A infidelidade é mais aceite nos homens?
Infelizmente, sim. Culturalmente, ainda há mais tolerância com o “macho traidor” do que com a “mulher infiel“. - As redes sociais ajudam a trair?
Com certeza. WhatsApp, Instagram e apps de encontros tornaram a traição mais fácil, discreta e acessível. - Os jovens traem mais do que os mais velhos?
Sim, mas com menos diferença entre géneros. Nos casais até 35 anos, homens e mulheres traem quase na mesma proporção. - Traição tem perdão?
Depende. Cada casal é único. Alguns reconstroem, outros se separam. O importante é conversar, entender e escolher com consciência.
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